quarta-feira, 29 de abril de 2009

Bom é pouco para eles...

Em tempo de vacas magras é preciso ter cuidado. Não é qualquer boi que rende um bom churrasco. É preciso economizar adjetivos como “craque”, por exemplo. Assim podemos parar de cometer injustiças com quem é puro sangue no futebol.

E são poucos...

Ronaldo em campo é um craque, no puro sentido da palavra no dicionário:

craque2
cra.que 2sm (ingl crack, pelo ital)
Esp 1 Cavalo de corrida afamado. 2 Jogador de futebol que se tornou célebre. 3 Indivíduo ou coisa admirável pela excelência ou perfeição. 4 V crack.
(fonte: UOL-Michaelis)


Não é segredo e nem mistério que sou corintiano. Mas também não é por isso que Ronaldo está novamente em um texto. Quero apenas relembrar os últimos craques que passaram pelos gramados brasileiros e esquecer os enganadores que aparecerem por aí.

Lembro do Zé Roberto, que virou o “Zé da vila”. Foram seis meses, mas tempo suficiente para deixar boas lembranças entre os santistas. Passei a admirar esse meia depois da copa do mundo. Que movimentação, que toque de bola, que entrega!

E o Romário. Dentro da área, ninguém igual. Gênio. Que elástico foi aquele no Amaral. Que gol é aquele de cabeça entre os brucutus suecos. Que saudade das cavadinhas. Craque também das respostas irreverentes!

“O reino está todo feliz agora: o rei, o príncipe e o bobo”

Carlitos. Raça argentina, pura identificação com a Fiel. Quem pensa que esse era só correria é porque nunca viu ele no estádio. Bom domínio, técnica e mais um pouco. No Manchester é um reserva de luxo.

Rivaldo teve uma passagem apagada pelo Cruzeiro, mas não podemos esquecer do que ele fez na copa de 2002. Se fosse eleito o melhor da competição naquele ano seria no mínimo mil vezes mais justo do que o alemão.

Alguns podem não concordar, mas o Giovani na última passagem pelo Santos também mostrou um toque de bola diferente. Jogou bonito, cabeça erguida. Passes fantásticos.

De todos os zagueiro que eu acompanhei, Gamarra é o único que eu considero um craque. No Corinthians foi um monstro e na copa de 1998 tentou mostrar que para fazer uma boa marcação não é preciso falta. Pena que seus companheiros de profissão não aprenderam.

Será que eu esqueci alguém?
.
Willian Okada
willianokada@hotmail.com

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Abril, que mês é esse?


Futebol, caro

Obrigado por dois 4 x 4 de fortes emoções até o fim: Liverpool e Chelsea, pela Liga dos Campeões e Liverpool e Arsenal pelo Inglês (que nível de campeonato é esse?).

Obrigado pelo empate do Barcelona contra o Valência, que deixou a Liga ainda mais disputada.

Até por aquele gol do Grafite eu fico agradecido!

Agradeço também pela reta final do Paulista, que clássicos maravilhosos!

E o primeiro jogo da final entre Corinthians e Santos dispensa comentários, duas grandes equipes e um belo jogo!

Olha que ainda tem Chelsea X Barcelona e Arsenal X Manchester para encerrar ABRIL !.
.
.
Willian Okada

domingo, 26 de abril de 2009

Uma tarde fenomenal.


Foi um gol de Pelé na copa do mundo”. Palavras do próprio rei ao se retirar da Vila Belmiro depois de ter aplaudido a obra prima de Ronaldo, o terceiro gol do Corinthians na vitória sobre o Santos por três a um. Um corte de calcanhar perfeito, o toque genial por cobertura, o “pulinho” e a bola morrendo sutilmente na rede de Fábio Costa, fazem com que a história desse jogo seja impossível de ser contada a partir do apito inicial.

Depois do gol, as reações de corintianos e santistas foram diferentes em diversos sentidos. No campo, Fabão com a mão na cintura tinha o olhar perdido. Atrás da meta de Fábio Costa, torcedores do peixe estavam quietos, mas não revoltados, pois sabiam que ali não havia culpa, apenas mérito. Pelo Corinthians todos corriam para tentar abraçar Ronaldo. Na arquibancada, alguns corintianos levaram as mãos à cabeça. Outros, gritavam em coro o apelido dado ao camisa nove por jornalistas italianos: “fenômeno”. Já “Ele”, como sempre, balançava o dedo indicador com um largo sorriso no rosto.

O Corinthians começou marcando forte no primeiro tempo. Neymar, Paulo Henrique e Madson, foram praticamente travados pela defesa adversária. Sobrava para Germano e Pará articularem as jogadas. Aos 10 min., Morais é derrubado na entrada da área. Três se apresentaram para a cobrança: de frente para a bola, Cristian não se mexeu, André Santos ameaçou e Chicão fez o seu oitavo gol na competição.

Quando o Santos ensaiava a reação, outro gol de Ronaldo na partida, nem tão extraordinário quanto aquele, mas no mínimo espetacular. Depois da péssima “matada” de peito de kleber Pereira no meio do campo, Chicão rifou o lance para frente. A bola, caiu nos pés do fenômeno, que mostrou novamente um leque de recursos. Dessa vez, apenas dois toques: primeiro um domínio perfeito, o segundo um leve toque rasteiro.

Outros jogadores do Corinthians também tiveram papéis importantes nessa vitória. Jorge Henrique, fez justiça ao elogio de Mano Menezes no meio da semana, quando disse que o “ala/atacante” era perfeito taticamente para a equipe. Elias, novamente fez uma belíssima partida, foi dele o passe para o terceiro gol de ronaldo. William, foi seguro. Felipe, fez defesas importantes e evitou por diversas vezes uma possível reação adversária. Saiu até perdoado pela falha no único gol santista na partida. Aos 15 do segundo tempo, Triguinho cruzou forte e rasteiro, Felipe mal posicionado tentou tirar a bola com o pé, mas acabou desviando para as redes.

Nesse momento do jogo, o santos era melhor. A Vila fervia. Madson, outra vez infernal. Neymar e Paulo Henrique sempre perigosos. O rei conversava, provavelmente, sobre a melhor tática para o peixe. Mas o fim dessa tarde fenomenal, vocês já sabem...
.
Willian Okada